domingo, 2 de maio de 2010

OgroDiário - Dia 3 - O Demônio da Lagoa - Chapter Three

E então...quando o encontro entre o corredor e o Demônio da Lagoa ocorreu, vimos com uma mistura de alívio e espanto que cada um seguiu seu caminho, sem nem ao menos demonstrarem ter notado um a presença do outro. Aquilo realmente foi de espantar, mas rapidamente entendemos o motivo. A vil entidade lagoal simplesmente não queria se banquetear com carnes masculinas. Ele deveria ter uma preferência pelas doces e macias carnes dos exemplares femininos da espécie humana.

Foi então que nossos olhinhos se iluminaram com as chamas da mais pura esperança! Uma viatura da Polícia de Ogroland veio com as sirenes ligadas em direção ao nosso investigado. A presença das forças armadas foi sentida também pelo safado, que parou sua caminhada firme, mas não teve tempo de se esgueirar ainda mais pelas sombras que protegiam e acolhiam a sua apavorante figura. Mas assim como o corredor, a polícia pareceu nem ver o capetão, talvez porque ele estava ainda camuflado pela roupagem preta que se fundia calidamente com a escuridão, e seguiu seu curso, fazendo barulho e piscando luzinhas tal qual um fliperama, jogando um balde d’água na nossa chama de esperança que falei láaaaaaaaaaa no começo do parágrafo.

Como o ataque não ocorreu, e como a polícia não o viu, continuamos a perseguir o demônio. Eis que no caminho, seguindo a orla, havia uma bifurcação, em que ou o biltre prosseguia ladeando a lagoa, ou subia por uma rua. Prevendo que a sinistra figura permaneceria na lagoa, onde a qualquer momento, na minha vasta imaginação, mergulharia e seguiria de volta para o inferno soltando borbulhinhas na água, eu e minha equipe de investigadores, Karinogra, Gabiogro e Rafogro, continuamos na lagoa, procurando vítimas em potencial que pudéssemos salvar.

E realmente a vimos. Havia em um ponto, esperado o Ogrobus, uma moça sozinha, que pelo avançado do horário também não sei o que estava fazendo ali. Na hora ficamos mais eriçados que porco espinho ao avistar um perigoso predador, e tal qual Sherlock, alocamos nosso ponto de observação, na tocaia, aguardando para salvar a indefesa donzela, inocente de seu breve destino.

Já eram quase duas horas de perseguição, mas sentimos que finalmente iríamos cumprir nosso dever cívico e salvar uma desavisada de um apocalipse antecipado. Mas realmente o bandidão estava de sacanagem com a gente. O maldito sopra farofa tomou outro caminho, e subiu pela bifurcação rumando para outro lugar. Por um lado ficamos até satisfeitos, já que ele desviou sua rota da moça que esperava no ponto do ogrobus, e também devido ao fato de que pelo caminho que ele tomou não seria mais possível se esconder pelas sombras, já que era uma área mais iluminada.

Não que eu estivesse muito querendo ver ele, não. Já imaginava um rosto diabólico, com órbitas frias que apenas com uma olhadinha de rabo de olho me deixariam até o fim da vida dormindo de luz acesa.

Tomados por coragem aceleramos nosso ogromóvel a toda, e nesse momento, meus queridos, minhas queridas, vocês que acompanham esta saga tão arrepiante, deu-se o momento mais dramático de nossa jornada. Quando viramos a rua, saindo da orla da lagoa e subindo em direção ao monstro, o mundo parou, tudo entrou em slow motion, o ar congelou, tive a impressão que um besouro que voava baixo parou de bater as asas e seu zumbido ainda assim se estabilizou, vibrando no ar, assim ó: bzzzzzzzz. O motivo de tanto frisson foi o contato visual com a macabra figura.

Abaixo de um poste de luz, na fina sombra que dele se projetava, o sinistro firmava-se, imóvel, dando a impressão de que nem o peito se movia com o inflar dos pulmões. O único movimento feito foi o de acompanhar lenta, mas firmemente, centímetro por centímetro, todo o movimento de nosso carrogro, com a cabeça seguindo a trajetória, a perscrustar o interior do veículo. Todos sentimos o gelo daquele meneio de cabeça. Arrastado, lento, como que gravando tudo que via...Karinogra fez - ohhhh, Gabiogro fez – creeeeeeeedo, Rafogro fez – dááaá ta, e então, como que para resumir toda situação, apenas uma palavra preencheu minha mente, com o som ecoando por toda a cavidade craniana, a imagem viva das letras de formando como um letreiro colocado no ponto mais alto de um prédio, com luzes coloridas: FUDEU! Agora que ele viu a gente vamos passar de caça para caçador!!!

E agora??? Lançar-se-á o hediondo voando em nosso calcanhares????

Curioso(a)(  )??

Aguarde nosso próximo capítulo!!


3 comentários:

  1. bacana o texto! vc escreve bem.......so uma dica, talvez ficasse melhor se vc dividisse o texto em partes, pq fica mt longo assim e nao é td mundo q tem paciencia de ler um post longo

    ResponderExcluir
  2. Prezado Alexandre Terra;
    Você está coberto (sem trocadilho infame com o seu sobrenome) de razão.
    Quebrei o Chapter Three em Chapter Three e Four.
    Assim ficaram mais curtos.
    Agradeço sua sugestão, aqui o cliente tem sempre a razão.

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir

Seu comentário será respondido aqui mesmo no blog pelo nosso Serviço de Atendimento ao Comentador de Ogroland (SACO)

Quem sou eu

Minha foto
Leia o Blog www.ogroland.blogspot.com.