sábado, 15 de maio de 2010

OgroDiário - Dia 3 - O Demônio da Lagoa - Final Chapter

Nunca na história deste pântano houve uma história como essa! Chegamos ao final de nossa jornada, e como diria Gandalf, “não peço que não chorem, afinal, nem todas as lágrimas são um mal”.

Como havia dito no último capítulo, após a noite mal dormida devido aos episódios odiosos que envolveram nossa perseguição noturna ao besta fera, ao estranho ser que nos incutiu na alma um pavor indizível, me preparei para segunda-feira que anunciou sua chegada através dos primeiros raios solares e fui trabalhar.

O trajeto até meu trabalho leva pelo menos uma hora, então acomodei minha cachola cabeluda no vidro da janela do ogrobuz e fui satisfeito dormindo, quicando a cabeça no vidro, seguindo os balanços do veículo.

Mas eis que em um trecho em que o trânsito estava meio parado, bem lento mesmo, e eu dorminhocava babando igual um neném, uma visão meio que distorcida gravou-se em meu cérebro e disparou o sinal de alarme.

Era ele! Não, distraído leitor! Não era o motorista, nem o trocador! Era ele, O Demônio da Lagoa! O ogrobuz passou rapidamente por ele, com aquele andar mórbido, a mesma indumentária, capa preta até os joelhos, botas, a roupa preta, e a máscara bizarra com suas aberturas laterais.

Notei que outras pessoas transportavam os olhares curiosamente para a direção onde passou o funesto. Eu torcia para o buzão se distanciar rapidamente daquela criatura anormal, mas para meu desespero o trânsito parou de vez, nada mais andava, e só me restou acompanhar a passagem do elementar, torcendo para que o mesmo não associasse a minha ogra e cabeluda pessoa ao perseguidor da madrugada anterior.

E os segundos se passavam, e eu aguardando a passagem, suando igual tampa de marmita, esperando que meu destino fosse selado naquele encontro matinal com ele, o que quer que ele fosse.

Pelo canto do olho direito, notei o vulto negro chegando, e então ele estava passando ao meu lado, e eu o vi. E ele não me notou, mas eu o vi, e então, pela primeira vez me foi possível examinar o maligno com mais cuidado! E então, sem poder segurar mais as emoções que transbordavam do meu ser, abri a boca e deixei escapar uma sonora...gargalhada.

Meus amigos, como é ridícula a imaginação humana. Como ela pode ser manipulada, influenciada e conduzida por sugestões de sensacionalismos oriundos do mais puro pavor do sobrenatural, que se esconde em nossa parca racionalidade. Antes que vocês fechem a página da internet para fugir desse meu trololó vou explicar a situação e por ponto final nesta saga.

A capa preta era na verdade um roupão de banho velho amarrado por um cinto sem cor. As calças pretas estavam rasgadas a partir dos joelhos, o que causava a impressão de que o ser estava de botas, a camisa preta por baixo do roupão também devidamente esfrangalhada, e a máscara, a máscara....ah a máscara...nada mais era do que uma cueca preta enfiada na cabeça. Sim leitor, leitora, vovô, vovó, titia e sobrinho...o demônio da lagoa não passava de um....mendigo!!!

Aliviado como uma criança apavorada no escuro da noite, que liga a luz e percebe que não há nada saindo do armário (a não ser o Ricky Martin), ri satisfeito do papel de tatu que fiz. Passei duas horas da madrugada com a família inteira perseguindo um demônio que na verdade era só m mendigo.

Ah não! Depois dessa eu fecho o boteco e faço um pedido:

Se você encontrar com o Demônio da Lagoa, dá uma esmolinha pra ele, dá???

THE END



16 comentários:

  1. Então, no final de contas, era só um mendigo.

    Gostei da 'saga' e de como contou. Parabéns.


    http://naosoudiretorporno.blogspot.com/
    ;D

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  2. Prezado Guilherme,
    Apenas um mendigo, mas o mais apavorante de todos!!!
    O Senhor dos Mendigos!
    Abraçogros

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  3. Prezado Seu vício, ou meu? ah..sei lá.
    Não é garoa! é lagoa! e não é demônio! é mendigo!
    Abraçogro

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  4. auhsuahsuahs, você não é o primeiro a se assustar com um mendigo, eu outro dia desses estava passando pela rua a noite voltando da casa da minha namorada quando do nada aparece um mendigo eu tomei um cagaço.. quando vi o que era já tava a 20 metros de distância pelo menos

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  5. Prezado Murilo;
    É bom saber que não fui o único a sofrer de cagaço súbido por conta de mendigos mal disfarçados no meio da noite.
    Abraçogro

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  6. Bom demais! shsahuasushah

    Aliviado como uma criança apavorada no escuro da noite, que liga a luz e percebe que não há nada saindo do armário (a não ser o Ricky Martin)

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  7. Prezado Tarcísio,
    Pois é, não se fazem mais armários como antigamente.
    um dois três, baila salsa merengue maria! uuui!
    Abraçogro

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  8. NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

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  9. Prezado Rodrigo!
    SSSSSSSSSSIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!!!

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  10. Prezado Ogro Mor. Apenas para o caso de refrescar sua memória, também eu me deparei com a funesta criatura num dia de jogo do (argh) Atlético. Tenho a súbita e indubitável certeza de que o demônio se transmutou em mendigo ao perceber suas vibes ogras, compatíveis com as do fim de semana em que seus destinos se cruzaram. Querendo ocultar-se, procedeu com o disfarce. Não se deixe enganar! Certifique-se que as portas de seus armários e gavetas estejam bem trancadas à noite; seus eflúvios malignos impregnam o pântano!!! Cuidado!!! Proteja Karinogra e os pequenogros!
    No caso de querer relaxar com leituras mais transcendetes, visite meu site... digamos... bastante filosofôgro.
    Beijogros mil!
    http://querumalfajor.blogspot.com

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  11. Prezada Melissa,
    Você fez meu pavor voltar na velocidade cinco!
    Vou chamar o Padre Quevedo pra me convencer que isso não existe!

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  12. Este comentário foi removido pelo autor.

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  13. Prezada Bia,
    E ele continua nas ruas. Após o evento o vimos várias e várias vezes nas mesmas imediações, sempre com algo na cabeça.
    Beijogro

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  14. oie esse blog é daora eu não tenho medo de nada por isso sou uma ogra igual a fiona do sherek

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  15. Prezada Anônima,
    Não tema o demônio da lagoa. Ele é só uma pessoa alheia a sociedade.
    Beijogro

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