sábado, 25 de junho de 2011

Pena de Morte - Ser ou já é?

Minhas observações deste território longe de Ogroland, um local que se chama Brasil, estão se tornando de cada vez mais difícil entendimento.

Dois fatos ocorridos nesta semana me chamaram bastante atenção e me causaram um tiquim de confusão, além de um grande cagaço, é claro.

Se existe uma coisa que tanto ogros quanto humanos valorizam ao extremo é a vida. Biologicamente todos nossos instintos são voltados para nossa sobrevivência e nos apegamos à vida, não só a nossa como também a de nossos entes queridos, com unhas e dentes.

Choca a nós ogros, porém, como é violento o mundo de vocês. E tem gente que ainda tem medo de ogro!!! Assusta como a vida pode ser tirada por motivos questionáveis, dia após dia, e apenas é motivo para notícia entre outras banalidades da mídia, como uma modelo provando que sua retaguarda anatômica, vulgo bumbum, não é de silicone. Total apatia frente à morte.

Não que os ogros sejam em sua totalidade bonzinhos, vide as histórias medievais que nos retratavam papando criancinhas, mas para preservar a vida de quem a preza, já há muitos séculos decretamos a pena de morte em nosso território. Ela não é a solução definitiva para criminalidade, mas em Ogroland quem tira uma vida propositalmente não tem a chance de tirar a segunda.

E ai entra minha pequena dificuldade de entender os fatos ocorridos esta semana. Parece que o assunto pena de morte causa arrepios na espinha dorsal da sociedade, envolvendo até aspectos religiosos. Um assunto sinistro e que creio eu, jamais vai ser discutido com relevância, até porque pelo jeito a pena de morte já existe, e os dois fatos desta semana me trouxeram a certeza disto.

Vejamos juntinhos leitores?

Caso 1 – Dois assaltantes entram em um ônibus coletivo após praticar um roubo. Não pagam passagem e, sem se anunciar como assaltantes, solicitam ao motorista que abra a porta da frente. O motorista se recusa a abrir a porta sem que seja efetivado o pagamento de R2,45 pela passagem de cada meliante. Resultado: o motorista foi condenado à morte pelos assaltantes. Foi julgado, condenado à morte e executado dentro do próprio ônibus, tudo na hora. O motorista, função que não é a mais bem remunerada do mundo, deixa sozinhos no mundo esposa e filhos, que com certeza não vão ser acolhidos por nenhum órgão protetor dos direitos humanos, outro assunto que será em breve discutido em Ogroland.

Caso 2 – Uma família, pai, mãe e filho (5 anos de idade) param em uma lanchonete na estrada. Descem do carro e um homem chama o pai da família, saca uma arma de fogo e dispara repetidas vezes sobre o rapaz, matando-o na hora perante esposa e filho. Crime de execução. O cunhado da vítima, segundo a imprensa, é o principal suspeito de ser o mandante do crime, por motivo de briga familiar por herança. Ora bolas, se foi executado é porque, assim como o motorista de ônibus, alguém o condenou a morrer. Seja o cunhado ou não, a pena de morte imposta a ele é ponto pacífico, se é que existe algo pacífico nisso.

Fica claro então, que a pena de morte existe, ela apenas não está do lado da lei formalmente instituída. Ela está nas ruas, e é utilizada amplamente por quem se julga no direito de tirar a vida de outra pessoa, por qualquer motivo. E vamos continuar vendo a morte chegar da forma como não deveria, arrancada a vida violentamente, por motivos cada vez mais idiotas, cada vez mais perto da gente. Duvido que tenha ao menos um leitor desta bostagem que já não tenha alguém conhecido vítima de uma morte violenta, causada por extrema covardia por alguém com uma arma na mão.

E fica aquela perguntinha que coça...será que se um bandido desses soubesse que se apertasse o gatilho, ele seria condenado à morte, ele pelo menos não pararia para pensar antes de atirar para matar?

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Rádio Nacional de Ogroland apresenta: Morbid Angel - God Of Emptiness

Para animar (?) o final de semana trazemos um clássico supremo e mórbido do Death Metal universal!!!! Da angelical banda americada Morbid Angel pinçamos uma pérola, a podreira ogra de God Of Emptiness inunda as ondas sonoras de Ogroland. E crianças, não tentem fazer em casa o que Pete Sandoval apronta em sua bateria. O bichim ainda se recupera de uma cirurgia nas costas e caso tente imitá-lo, um deslize na condução das baquetas pode fazer você ter o mesmo destino....bllluuuuuuuaaaaaaaaaaaAAAAAAAaaaahhahaaaaOrgh (risada ultra mega híper blaster maligna).

Batam cabeça agora.

domingo, 12 de junho de 2011

Dia dos Namorados

Temos várias datas comemorativas que de tão revestidas de apelo comercial chegam a dar preguiça, e perdem o aspecto festivo e afetivo original. Exemplos? Não os faltam! Passo alguns para vocês: dia das mães, dia dos pais e até o Natal, que ano após ano perde o sentido espiritual para se resumir a vulgar troca de presentes. Entre todas essas datas, nenhuma é mais cruel e vampiresca que o Dia dos Namorados.

Vocês devem estar se perguntando onde diabos está a crueldade de tal data, provida, recheada e revestida de uma aura insofismável de romantismo e amor...aahhh l´amour. A resposta é rápida como um ataque de jararaca malhada. E as solteiras? Poucas vezes vejo mulheres tão deprimidas, tão baixo astral, tão avassaladoramente atingidas em sua moral e estima do que algumas solteiras no Dia dos Namorados.

Homens não se abatem por estas coisas, ou não deixam transparecer, mas as mulheres são mais fustigadas pelos ataques do comércio, visando capitalizar nessa data, do que foi a Europa pelas blitzkrieg de Hitler. A proximidade do dias dos namorados vai inundando a mídia com mensagens românticas, doces, açucaradas, capazes de fazer diabético passar mal só de assistir um comercial, e as solteiras, vão sentindo que ao invés de livres são encalhadas, que ficaram para titia, que o seu príncipe encantado tá passeando na floresta errada, e que ninguém as quer!

Oh data cruel para os corações desprovidos de pares!

A data que, no Brasil é comemorada dia 12 de junho, por ser véspera do dia de Santo Antonio, o santo casamenteiro, é comemorada em outros rincões no dia 14 de Fevereiro, dia de São Valentim. Reza a tradição católica que Valentim era um bispo que casava secretamente os apaixonados que foram proibidos de adquirir tal sacramento pelo Imperados Cláudio II, que deve ter sido rejeitado pela amada e assim proibiu todos os casórios.

Na verdade Valentim não era o nome do bispo, e sim um apelido. Aliás, um apelido ogro. Valentim se chamava Josevaldo e era muito tímido. Gostava muito de uma bela moça que se chamava Astrogilda. Mas ele era muito lento, muito devagar, uma tartaruga retardada por sua timidez, e assim os amigos o chamavam de Lentim. E um ogro vivia o estimulando a se declarar à Astrogilda, e dizia sempre: Vá, Lentim! Vá, Lentim. E assim o apelido pegou, Valentim, e foi propagado pela história.

Voltando aos nossos dias atuais, trago uma novidade! Não se desesperem solteiras pelo mundo!! Já que a data perdeu o significado romântico e ganhou uma tonalidade toda comercial, Ogroland mostra seu espírito empreendedor, e para o próximo dia dos namorados criaremos o Ogro de Aluguel! Assim você não passa a data sozinha! Alugue um Ogro* no dia dos namorados e seja feliz! No dia seguinte você já está livre, leve e solta de novo, sem nenhum compromisso com o Ogro de Aluguel, e curada da depressão do Dia dos Namorados!

Ó que maravilha, gente!

* Fique claro que você está alugando um Ogro, assim sendo, reclamações de arrotos durante o jantar à luz de velas ou outros deslizes característicos da natureza ogra não implicarão em descontos nos preços previamente combinados.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Eduardo, O Lutador!

Mens sana in corpore sano. O provérbio que atravessou as barreiras do tempo, derreteu as camadas de gelo das eras, chegou em nosso tempo e hoje pode ser relacionado com práticas esportivas, que deixam o nosso corpo são, e ajudam a relaxar. E entre estes esportes podemos incluir o boxe, né verdade? Não o boxe de tomar banho, seus acéfalos! Me refiro a nobre arte do pugilato. Quer coisa mais saudável do que sair de um tablado com a cara toda arrebentada? Com as costelas rachadas tornando cada respirar uma tarefa heróica? Tomar tanto murro no rim que no dia seguinte mija sangue? Ah o esporte...

E é a relação siamesa com o boxe que traz mais um episódio de ogros batizando cidades. Contaremos a história, com H porque é real, de Eduardo, O Boxeador!

Eduardo, alcunha Du, após uma carreira errante, onde era um verdadeiro cigano dos ringues, fixou-se em uma cidade do interior do estado de Minas Gerais, no Brasil, conhecem?

E Eduardo não veio sozinho. Ele trouxe consigo o treinador dele. Este é o ogro da nossa resenha. Expulso de Ogroland por ser extremamente trambiqueiro, e ogros prezam a honestidade, o velho Tysogron, viveu nos EUA grande parte de sua vida, e no Brasil ainda confundia o uso do inglês com o português, tadim do véi.

O picareta do Tysogron constantemente arrumava lutas combinadas para Du perder, e cobrava a sua propina para entregar os combates. Como era safado esse Tysogron! Eduardo por sua vez não gostava dessas tramelas e não ia à lona sem ser verdadeiramente nocauteado.

Essa atitude pouco entreguista do Du deixava o velho Tysogron em desespero!!! Ele levava as mãos à cabeça, agarrava o que lhe restava de cabelo, e tomado de pânico suplicava aos berros ao seu pupilo:
- Come on, Du! Caia!!! Come on, Du, caia!!! COME ON, DU, CAIA!!!

E tanto gritava isso que após sua morte a cidade prestou sua última homenagem ao velho morador, que apesar de trambiqueiro nos ringues era amado fora dele. E assim o município recebeu o nome de Camanducaia, lembrando o Come on Du caia que tanta saudade deixou nos moradores locais.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Camanducaia

Quem sou eu

Minha foto
Leia o Blog www.ogroland.blogspot.com.