domingo, 25 de abril de 2010

OgroDiário - Dia 3 - O Demônio da Lagoa - Chapter Two

Como dito no Chapter One, decidimos chamar as autoridades competentes para localizar o facínora, porque estávamos convencidos, após longas rodas de discussão familiar, que o cachorro, safado e sem-vergonha estava apenas esperando uma vítima para o ataque.

Corri com o carrogro e parei em uma rua perpendicular à lagoa, de onde podíamos vigiar os movimentos do maldito, e ligamos pros homi.

Como eu estava ao volante, e poderia ter que arrancar em alta velocidade a qualquer momento, caso o Demônio percebesse que o vigiávamos em suas intenções nefastas, abrisse suas asas e voasse velozmente em nossa direção enchendo o ar com sons diabólicos, foi minha espogra que ligou para a policia. Com a voz trêmula e vacilante, ela contou que vimos uma pessoa com vestimenta suspeita e uma espécie de máscara, aberta dos lados, andando pelas sombras na orla da lagoa. O policial perguntou se por um acaso o suspeito estava abordando alguém. Respondemos já meio sem graça que não. Então o policial, muito educado e paciente, informou que se o elemento não estava abordando ninguém, não portava nenhuma arma visível, e nem estava em atitude suspeita, não poderiam acionar viatura e nem registrar ocorrência. Agradeceu e desejou uma Ogra Noite.

Completamente abandonados e sozinhos, e na convicção de que o nosso alvo mais cedo ou mais tarde ia fazer cocô no tapete, decidimos colocar na pauta de votações familiares se iríamos pra casa e largar esse caso pra lá, abandonando a sociedade aos ventos de sua própria fortuna, ou se continuaríamos nossa vigilância sobre o capetão. E segue-se a votação: Ogro da Silva, continua a vigília? Sim!!! Espogra: Sim!! Gabriogo: Yes! Rafogro: Tátchi daaaaaaaa. Empenhados do mais nobre sentimento de defesa do cidaogrão de Ogroland, continuaríamos vigiando cada passo do maligno. Levasse o tempo que levasse.

Durante a ligação para a polícia, e nossa votação ogrocrática, o rapaz, com sua indumentária suspeita, a capa preta, máscara e tudo mais, foi andando a passos largos pela penumbra. Passamos com o carro mais uma vez por ele, mas não conseguimos ver o rosto e nem ao menos ter noção do que era a máscara, porque a noite era escura, a visibilidade péssima e ao invés de nos ajudar ele atrapalhava andando pelas partes mais escuras do caminho, o que nos dava mais certeza ainda das más intenções da criança.

Nossa busca já se arrastava por meia hora, mas não esmorecemos em nossa decisão de evitar uma tragédia. Sabíamos que se tomados pelo cansaço voltássemos para o aconchego de nosso lamacento lar, iríamos ler na Folha de Ogroland no dia seguinte a manchete: “INOCENTE ATACADA POR SINISTRA FIGURA NA LAGOA DE OGROLAND NA NOITE DE ONTEM”. Não conseguiríamos viver com esse peso em nossa consciência.

Nossa estratégia era bem simples. Passávamos por ele na orla, virávamos a primeira rua a esquerda e apontávamos o carro para a lagoa, em algum lugar escondido, e esperávamos o miserento passar.
Até que num desses fragmentos de nossa ação, sentimos que a aparição de nossa criança estava levando mais tempo que o habitual. Desci um pouco carro, espichei meus olhinhos para ver se ele lá vinha e nada. Subi com o carro lentamente novamente, de ré, e voltamos ao nosso posto, abaixo de uma frondosa árvore, e continuamos ansiosos aguardando...esperando...vigiando...comecei a ser tomado pelo receio de que ele, percebendo que estava sendo seguido, tomou outro caminho, e poderia agora nos surpreender por trás.
- Karinogra, ta demorando demais a passar. Daqui a pouco ele aparece aqui do lado do vidro, ou por trás do carro...cadê esse homem, meu deus do céu!

Demos então a volta completa no quarteirão, por trás, para sairmos na lagoa mais a frente. Saindo na lagoa de novo percebemos que agora a coisa tendia a ficar mais preta do que peito de urubu. Um desavisado estava correndo na beira da lagoa, totalmente alheio ao risco que corria (corredor, risco que corria, tudo a ver), ele lá vinha em sua prática esportiva, com fones de ouvido, e trotando na direção contrária a do demônio, que não mais víamos, mas que se lá ainda estivesse, resultaria em um encontro potencial entre vítima e algoz.

Como não víamos mais o demônio, estávamos algo que tranqüilos, mas não mais que subitamente, vimos a vinda do monstro. Era o que temíamos! E agora? O que fazer? O serelepe corria alegremente em direção ao demônio, que finalmente encontraria sua vítima e teria a satisfação em suas apodrecidas necessidades de carne, ossos, sangue e almas humanas. O encontro era iminente, sem perceber a presença do inimigo, o atleta continuava sua corrida em direção ao ser. Poucos metros, 10, 5, 3, que agonia...vou me borrar todo!
A proximidade era tanta que não era mais possível que o corredor não estivesse vendo o demônio, que estava agora bem a sua frente, com sua passada mórbida! Acelerei o carro com tudo. Se o ataque ocorresse, jogávamos o carro para cima dos dois, e assim ao menos salvaríamos a alma da vítima das garras permeadas de enxofre da biltre entidade. Não havia mais espaço! Os dois vão se encontrar! É agora! E então...

Plim plim!

Continua no próximo Chapter!

Rádio Nacional de Ogroland apresenta: Exodus - Funeral Hynm

Gordo...vocifera palavrões a granel...berra tal qual uma vaca loca...insiste em achar que palco é lugar de aliviar os fluxos estudados pela otorrinolaringologia...
Prêmio Ogro do Mês para ele: Rob Dukes, Exodus.
E a música da semana pro ogrão.



quinta-feira, 22 de abril de 2010

OgroDiário - Dia 3 - O Demônio da Lagoa - Chapter One

Sentem suas bundas nas cadeiras! Deitem em suas camas e cubram a cabeça com lençóis e edredons e não deixem os pés de fora da cama! E não se esqueçam! Não apaguem as luzes!!! O ogrodiário de hoje é tão apavorante que só de relatar para vocês o acontecido eu entro em pânico! Uma paúra tão furiosa e irresistível que quase me faz perder o controle do fluxo intestinal! Preparados ou não, lá vai o relato.


Busquei meu ogrobook, nogrinho em folha, na casa de um amigo meu que trabalha com essas coisas estranhas chamadas computadores. Fomos eu, minha espogra, e meus dois ogrinhos, Gabiogro, de seis anogros e Rafogro, de um, buscar o mais novo habitante do nosso lar.

Na volta para casa, passamos por uma lagoa conhecidíssima aqui em Ogroland, que tem suas águas extremamente tóxicas, exalando um odor constante de coisas putrefatas, obscenamente borbulhante em sua imundice, com imensas camadas de podridão verde boiando à tona de seu espelho (???? Só se for quebrado e sujo) d’água, resumindo, uma maravilha da paisagem desta cidade ogra, uma delícia turística.

Pelo avançado da hora e por ser um feriado, não havia ninguém andando nas ruas, mas qual não é nossa surpresa, quando avistamos uma pessoa andando sozinha, meio que se esgueirando pelas sombras proporcionadas pelas imensas palmeiras, ele se movia lentamente, mas de forma decidida, cabeça erguida, aparentando estar convicto de seu caminho. Não dei muita importância à cena insólita, mas tão logo passamos pelo treco minha espogra, espantada, exclamou:

“Amogro!!! Você viu que coisa esquisita?”

Imediatamente respondi mentindo deslavadamente: “Não..num vi nada.”

“ Mas tinha um cara andando ali na lagoa, e ele estava de máscara.”

Como esse detalhe me tinha passado em branco, na mesma hora meus olhinhos até brilharam com a perspectiva de uma deliciosa investigação policial. Retornei o carrogro para passarmos de frente para o alvo de nossa curiosidade.

Meus amigos, minhas amigas, meus parentes, minhas parentas, meus desconhecidos, minhas desconhecidas, quando voltamos e passei devagar pela figura envolta pelas brumas, e examinei o ser com mais cuidado, senti imediatamente todo meu sangue congelar dentro das veias, todo o calor do corpo me abandonou, e um volume pastoso se fez sentir na parte de trás das minhas calças, que por sorte era marrom. Vestido com uma capa preta até os joelhos, uma calça preta, luvas pretas, e uma máscara não identificada, lá estava ele...o demônio da lagoa!

Senti pelo cheiro que subiu no carro que não foi apenas a parte de trás das minhas calças que se encheram, ao olhar para trás, minha esposa estava mais branca e gelada que uma avalanche nos Alpes Suíços, Gabiogro tampava os dois olhos com as duas mãos e não fazia questão de espiar por nenhum espacinho entre os dedos, Rafogro se pendurava na minha cabeça e gritava: “Dá, Dá, tiiiiiii, tatáaaaa!”.

Eu tinha a obrigação de tranqüilizar minha família nesse momento de insegurança coletiva. Então me revesti de coragem, respirei fundo, contei até dez, acalmei meu espírito, relaxei e “PUTA QUE PARIU, QUE PORRA É ESSA???”, gritei consciente de que meu controle dos nervos é realmente muito fraquinho.

- Karinogra, o que esse filho de capeta chifrudo com bruxa nariguda com verruga cabeluda tá fazendo esta hora da noite, sozinho, nessa vestimenta, com a cara tampada? Se tá escondendo o rosto é porque não quer ser reconhecido na hora de fazer merda! Meliante! Demente!
- Também acho! Credooooo...me dá seu celular, vamos ligar pra polícia de Ogroland agora mesmo!

Ligamos para a polícia e sabe o que ela falou? Não???? Quer saber??????

Então retorne amanhã...a saga do Demônio da Lagoa continua.

BuuuuuaaAAAhhhhhrraaaaaaaAAAAAaaaaaooooooWWWW (risada maligna).





domingo, 18 de abril de 2010

OgroDiário - Dia 2 - As Palavras Mágicas

Noite de domingo é para pensamentos estúpidos. Aquela sensação avassaladora provocada pela musiquinha do fantástico causa arrepios na espinha dorsal até do mais frio e truculento ogro. Quando após o último acorde ainda vem aquela vozinha mentirosa e declara: “É Fantástico!” é a senha para se jogar debaixo da cama e aguardar o apocalipse da segunda-feira. Aproveitando o ensejo do domingo a noite, me lembrei que existem palavras que por si só, independente do contexto onde elas sejam colocadas, me irritam profundamente. Tenho uma pequena lista desses vocábulos e no ápice do pensamento ocioso de domingo à noite, resolvi bloga-las aqui, em The Ogroland. Acho essas palavras inúteis, pomposas, podendo ser facilmente substituídas por outras mais simples e menos antipáticas. São palavras chatas, muito chatas, extremamente irc. Fiz meu top five. E as escolhidas são: Tanam!!!!!

5º Lugar – Saborosa.

Palavra fresca e enjoada. Fico ogrosamente incomodado quando escuto alguém falar: “a comida daquele lugar é muito saborosa”. Meu Deus! Que frescura da porra! Fala logo que a comida é boa, que é no máximo gostosa. Exercite a sua ogrisse e fale que a comida está boa pra c#!!$#%$!!! Mas soborosa não...tudo menos saborosa...palavrinha disinfiliz.

4º Lugar – Feliz/felicidade

Muito utilizadas atualmente. Está na moda a pessoa dizer que busca a felicidade, ou que quer ser feliz. Não acredito nesse conceito de felicidade e logo, essas palavras me incomodam. O que futilmente chamam de felicidade, para mim, é apenas uma compilação de estados de espírito, e você não pode nunca ter a arrogância de afirmar com todas as letras que é uma pessoa feliz. Se fizer isso, sem o auxílio do verbo ser no tempo/forma correto, os deuses te ouvem e podem achar que você está muito folgado, muito pimpão, e te arrumam logo um problemão para você largar a mão de ser besta. Ser feliz, portanto, é ilusório, uma condição volátil (não confunda com vou lá, tio nem com vô latiu) que a qualquer momento pode ser desfeita por um sopro da vida.

3º Lugar – Divertir

Outra palavrinha chata da porra. Suas variações também são igualmente irritantes. Vamos a um exemplo: se você termina de fazer qualquer coisa e diz que foi muito divertido, você é um mala, fresco e provavelmente enxuga o pinto com cotonete. Vamos usar exemplos de traduções básicas para o ogrolês:

Frescurite: “ esse nosso jogo foi muito DIVERTIDO.”  Ogrolês: “esse nosso jogo foi BOM PRA CACETE!

Mais uma, prestem atenção. Frescurite: “Me diverti até na festa do Juquinha.”  Ogrolês Arcaico: “A festa do juquinha tava legal.” Ogrolês Moderno: “Que festa do c#!%$#%$ a do Juquinha!!!”

2º Lugar – Brincalhão

Outra que pode ser trocada por outra expressão menos estridente e borbulhante. Ao invés de falar que o menino é brincalhão, diga somente que ele gosta de brincar. Se alguém fala que meu filho é muito brincalhão eu arrepio até os pelinhos do nariz de raiva. Palavra muito forçada. Nota 1, 37 pra ela.

1º Lugar – Alegre

A sonoridade desta palavra me leva ao ápice da repulsa. Escutar alguém falar que tá alegre me revolve o estômago de forma que a empadinha que eu comi oito anos atrás é regurgitada da mitocôndrias da célula onde ela foi parar. Quando escuto a palavra alegre imediatamente me vem à cabeça a imagem do palhaço Carequinha. Para piorar também vem à cabeça aquela voz, que não se entende como ficou presa no vinil, cantando que um bom menino não faz xixi na cama. Ogros comuns só deveriam gostar ou não de algo e nunca ficar alegre com elas. Eca!!

Que venha a segunda e que essa semana me poupe do top five acima.

The Psicologro

Sua mente é atormentada por pensamentos que te fazem vibrar em desespero constante e intenso? Você tem problemas de relacionamento externo, e principalmente interno, que te impedem de agir de forma socialmente aceita? Acha que seu lugar não é neste planeta? É sério??
Entendo, entendo.
Ah tá...também está cansado(a)( ) das terapias convencionais que apenas esvaziam seus bolsos sem nenhum retorno psicológico palpável?
Ok...entre...aconchegue-se no meu divã e sinta-se a vontade. Abra seu coração que você receberá conselhos na mais pura essência ogrocognitiva.
Frogro explica...e você se descomplica!
IMPORTANTE.: Levar os nossos conselhos a sério não é de forma alguma aconselhável...E este conselho..é?

Rádio Nacional de Ogroland apresenta: Amon Amarth - Death In Fire

Nós ogros também temos direito de nos deliciarmos com músicas que são verdadeiras carícias auriculares. Semanalmente escolheremos músicas de personalidades ogras com certa aceitação no universo cultural não ogro. Tem alguma sugestão de música para a semana? Então mande para nós! Mas não tenha a esperança de que ela será escolhida, afinal, isto não é uma democracia.

Música para a semana que começa:

sexta-feira, 16 de abril de 2010

OgroDiário - Dia 1! - Pânico no Supermercado

Coloquei como dia 1, mas na verdade este é o dia 0 do ogrodiário. Começa hoje minha central de resmungos. Normalmente as pessoas reclamam muito, sobre tudo e todos. Nestas páginas escritas em linho do Egito, que para o blog transcrevo integralmente, vou descarregar todas as minhas revoltas contra a confabulação estrelar que tende a tornar meu dia a dia repleto de auspiciosos obstáculos, aqui no ogroblogdiáro.

Hoje tenho campeonato de futebol pela manhã. É um campeonatinho informal, disputado ogramente no clube da Ogranização onde trabalho.

Antes de ir para o confronto sangrento entre quatro linhas brancas, fui ao supermercado comprar algumas coisas das quais não tenho a menor necessidade, mas precisava muito comprar, entendeu? Não? Nem eu.

Já dentro do supermercado o dia começa a azedar. Apressado, tive uma colisão violenta com um carrinho duma tia que largou o automóvel comprístico dela no meio do corredor. Cacete de tia! O carrinho dela saiu quicando tanto que o leite que ela comprou deve ter virado milk sheik e se tinha ovos a omolete ficou pronta. Injustamente, a donzela ficou me olhando com cara feia, e nem respondeu meu angustiado pedido de desculpas. Mas vejam, ogrolegas, ela tem que largar o carrinho dela atravessado no meio do corredor? Se fosse acidente de carro eu já ia avisando que cada um paga o seu!

A aventura das compras ainda estava longe de terminar. Lá estava eu, já com horário apertado, escolhendo a fila com menos pessoas, a que tende a andar mais rápido, e que assim que você entra nela torna-se a mais lenta de toda a Ogrolandia.

E foi dito e feito! Escolhi uma fila no canto, que tinha apenas uma senhora por volta dos seus 50 anos, terminando de comprar coisa suficiente para sustentar uma pequena cidade por quinze dias. Na minha frente uma senhora um tanto quanto mais nova, quarentona, que usava uma calça jeans de cintura baixa, com uma calcinha com uma lateral fina, parecendo uma fita até, que pulava para fora da calça por mais que ela insistisse em se ajeitar. Ela e sua filha passavam as suas compras, uns biscoitos e outras poucas guloseimas.

Qual não foi o meu espanto quando a moça da calcinha sambando nos generosos pneus, me saca de dentro da bolsa quatro pacotes de moedas, empilhadinhas caprichosamente e envoltos em durex, para saldar seus compromissos financeiros recém adquiridos.

A caixa do supermercado, que transpirava desânimo por todos os poros do corpo, com um olhar de preguiça tão carregado de frieza que seria capaz de congelar toda uma ala do reino de lúcifer, começou a desembrulhar as moedinhas com o mesmo carinho e zelo que a dona das moedas usou para embrulhá-las. Aquilo fez meus olhos se encherem de água. Que tipo de conjunção astral poderia ter colocado na minha frente, em um dia de pressa, uma marmota que embrulha toneladas de moedas de baixo valor para usar no supermercado? Maldita calcinha pulante!

Enquanto a caixa ia contando as moedinhas com a pachorra de sempre, ia me olhando com rabo de olho expressando toda sua insatisfação com alguma coisa. Achei até que seria minha aparência, que não se classifica como comum. 1,76 de altura sobrecarregados com noventa e muitos quilos, adornados com longos cabelos cacheados salpicados de frizz para todo lado, e para completar, algumas tatuagens, não tornam a visão de minha pessoa a coisa mais agradável de se ver.

Ledo engano, quando passo o primeiro produtinho comprado, a moça do caixa vira pra mim e solta:

- Desculpa, mas vou ter que passar as prioridades na frente.

Quando olhei para a moça com aquele olhar de “ta doida?” vejo a plaqueta de caixa preferencial. Em câmera lenta viro meus olhinhos para a fila e vejo três simpáticas velhinhas, com os carrinhos abarrotados, esperando que eu limpasse o beco. Qual a solução? Pegar minhas coisinhas e ir para o fim de outra fila, imensa.

E assim minha Odisséia pelo supermercado termina.
É meus conterrâneos da Ogrolândia...
Assim é a vida, quanto mais feia está, mais horrorosa tende a ficar.

Antes do tchau definitivo, uma piadinha no contexto, me contada por um amigo ogro:
Dois mercados estão voando, um cai e outro não. Por que um não caiu?
Res.: Porque era um Supermercado! Tananam!!!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Murogro das Lamentações

Se você está com a cachola entulhada de toneladas de problemas financeiros, gente chata, situações desagradáveis, parentes indesejados dividindo o mesmo teto, colegas de trabalho que são tão simpáticos quanto um beliscão no olho, sua sogra dando palpite até na cor da calcinha da sua muié, do seu namorado te trocando por meia dúzia de amigos fididus e você não pode nem reclamar abertamente, ESTE É O TEU LUGAR!!!
Pegue sua caneta, pincel, spray, lápis, giz, baton(???), pedaço de carvão e rabisque aqui no Murogro das Lamentações o seu protesto contra essa insjusta safada e promíscua que é a vida!!!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Você é um ogro??

Há várias formas de detectar um ogro.
Historicamente, nos contos de fadas antigos, os ogros eram criaturas que se alimentavam de carne humana, preferencialmente de crianças, ou seja, alguns ogros comiam criancinhas. Conclui-se então que Michael Jackson, que agora afugenta anjinhos no céu, é descendente direto de uma linhagem ogra.
Os ogros se modernizaram. Preferem rodízios de churrascarias, pizzarias ou outras comilanças do que se banquetear com carne humana. Até porque do jeito que o ser humando anda promíscuo a carne não passa pelos critérios da OSSO (Organização Sanitária de Saúde da Ogroland), fora a poluição moderna que estraga o sabor do produto...eca.
Nos dias atuais é fácil achar o Ogro que existe dentro do seu eu se, entre outras ogreiras, é comum você:
* ter tolerância zero com determinados assuntos ou pessoas, sendo mais grosso que parede de igreja medieval no trato dos mesmos.
* parecer um ogro. este que vos fala..ops...escreve..ops...digita...tem 100 quilinhos divididos, se é que dá pra dividir, em 1,76 de altura, adornados em longos cabelos extremamente mal cuidados. Um ogro padrão.
* arrotar estrondosamente se tomar qualquer líquido em mais de 250ml por porção. Se o arroto for acompanhado por um risinho satisfeito é nível dez de ogrisse. Se o gás tomar o elevador pra baixo, sobe um nível na escala ogra.
* tirar meleca no trânsito e ainda jogar na lataria de outros carros, brincando de localizador.
* beber refrigerante, suco, leite, água, vinho, pinga, cerveja, ou qualquer que seja o alimento em estado líquido, diretamente de seu vasilhame, sem utilizar copos.


E aí, tá enquadrado???
Detectou mais sintomas de ogrisse?

Introdução ao Ogroblogg

Tudo que você lerá neste blog aconteceu de fato.
Se fosse um filme, apareceria na tela preta aquele trechinho, sem som,
com uma fonte sóbria e formal, com as letras descendo aos poucos:
baseado em fatos reais.
É...pensando melhor estas mal escritas e vacilantes linhas
podem ser consideradas baseadas em fatos reais, e não na realidade pura,
até porque a realidade on the rocks é muito chata,
e como quem conta um ponto acrescenta um ponto,
eu vou somar logo um rebanho de pontos.

Do que se trata este compêndio de casos cotidianos?
De nada, ora bolas!

O que você espera da vida de um ogro,
descrita por um ogro,
com pouquíssima intimidade com os segredos da exposição
literária de seus minúsculos dramas?
As palavras que agora desmoronam neste blogg são um pífio desabafo,
um oceano para onde desaguará o rio das agruras do dia a dia a que nós, ignorados ogros, estamos expostos diariamente,
e que nos fazem arrancar os cabelos da cabeça,
em desespero fluente.
Acompanhe as próximas postagens!
Fiquem ansiosos! Fiquem ansiosos!!!

Quem sou eu

Minha foto
Leia o Blog www.ogroland.blogspot.com.