Nunca na história deste pântano houve uma história como essa! Chegamos ao final de nossa jornada, e como diria Gandalf, “não peço que não chorem, afinal, nem todas as lágrimas são um mal”.
Como havia dito no último capítulo, após a noite mal dormida devido aos episódios odiosos que envolveram nossa perseguição noturna ao besta fera, ao estranho ser que nos incutiu na alma um pavor indizível, me preparei para segunda-feira que anunciou sua chegada através dos primeiros raios solares e fui trabalhar.
O trajeto até meu trabalho leva pelo menos uma hora, então acomodei minha cachola cabeluda no vidro da janela do ogrobuz e fui satisfeito dormindo, quicando a cabeça no vidro, seguindo os balanços do veículo.
Mas eis que em um trecho em que o trânsito estava meio parado, bem lento mesmo, e eu dorminhocava babando igual um neném, uma visão meio que distorcida gravou-se em meu cérebro e disparou o sinal de alarme.
Era ele! Não, distraído leitor! Não era o motorista, nem o trocador! Era ele, O Demônio da Lagoa! O ogrobuz passou rapidamente por ele, com aquele andar mórbido, a mesma indumentária, capa preta até os joelhos, botas, a roupa preta, e a máscara bizarra com suas aberturas laterais.
Notei que outras pessoas transportavam os olhares curiosamente para a direção onde passou o funesto. Eu torcia para o buzão se distanciar rapidamente daquela criatura anormal, mas para meu desespero o trânsito parou de vez, nada mais andava, e só me restou acompanhar a passagem do elementar, torcendo para que o mesmo não associasse a minha ogra e cabeluda pessoa ao perseguidor da madrugada anterior.
E os segundos se passavam, e eu aguardando a passagem, suando igual tampa de marmita, esperando que meu destino fosse selado naquele encontro matinal com ele, o que quer que ele fosse.
Pelo canto do olho direito, notei o vulto negro chegando, e então ele estava passando ao meu lado, e eu o vi. E ele não me notou, mas eu o vi, e então, pela primeira vez me foi possível examinar o maligno com mais cuidado! E então, sem poder segurar mais as emoções que transbordavam do meu ser, abri a boca e deixei escapar uma sonora...gargalhada.
Meus amigos, como é ridícula a imaginação humana. Como ela pode ser manipulada, influenciada e conduzida por sugestões de sensacionalismos oriundos do mais puro pavor do sobrenatural, que se esconde em nossa parca racionalidade. Antes que vocês fechem a página da internet para fugir desse meu trololó vou explicar a situação e por ponto final nesta saga.
A capa preta era na verdade um roupão de banho velho amarrado por um cinto sem cor. As calças pretas estavam rasgadas a partir dos joelhos, o que causava a impressão de que o ser estava de botas, a camisa preta por baixo do roupão também devidamente esfrangalhada, e a máscara, a máscara....ah a máscara...nada mais era do que uma cueca preta enfiada na cabeça. Sim leitor, leitora, vovô, vovó, titia e sobrinho...o demônio da lagoa não passava de um....mendigo!!!
Aliviado como uma criança apavorada no escuro da noite, que liga a luz e percebe que não há nada saindo do armário (a não ser o Ricky Martin), ri satisfeito do papel de tatu que fiz. Passei duas horas da madrugada com a família inteira perseguindo um demônio que na verdade era só m mendigo.
Ah não! Depois dessa eu fecho o boteco e faço um pedido:
Se você encontrar com o Demônio da Lagoa, dá uma esmolinha pra ele, dá???
THE END
THE END
Então, no final de contas, era só um mendigo.
ResponderExcluirGostei da 'saga' e de como contou. Parabéns.
http://naosoudiretorporno.blogspot.com/
;D
Demônio da garoa.
ResponderExcluirPrezado Guilherme,
ResponderExcluirApenas um mendigo, mas o mais apavorante de todos!!!
O Senhor dos Mendigos!
Abraçogros
Prezado Seu vício, ou meu? ah..sei lá.
ResponderExcluirNão é garoa! é lagoa! e não é demônio! é mendigo!
Abraçogro
auhsuahsuahs, você não é o primeiro a se assustar com um mendigo, eu outro dia desses estava passando pela rua a noite voltando da casa da minha namorada quando do nada aparece um mendigo eu tomei um cagaço.. quando vi o que era já tava a 20 metros de distância pelo menos
ResponderExcluirPrezado Murilo;
ResponderExcluirÉ bom saber que não fui o único a sofrer de cagaço súbido por conta de mendigos mal disfarçados no meio da noite.
Abraçogro
Bom demais! shsahuasushah
ResponderExcluirAliviado como uma criança apavorada no escuro da noite, que liga a luz e percebe que não há nada saindo do armário (a não ser o Ricky Martin)
Prezado Tarcísio,
ResponderExcluirPois é, não se fazem mais armários como antigamente.
um dois três, baila salsa merengue maria! uuui!
Abraçogro
NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
ResponderExcluirPrezado Rodrigo!
ResponderExcluirSSSSSSSSSSIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM!!!
Prezado Ogro Mor. Apenas para o caso de refrescar sua memória, também eu me deparei com a funesta criatura num dia de jogo do (argh) Atlético. Tenho a súbita e indubitável certeza de que o demônio se transmutou em mendigo ao perceber suas vibes ogras, compatíveis com as do fim de semana em que seus destinos se cruzaram. Querendo ocultar-se, procedeu com o disfarce. Não se deixe enganar! Certifique-se que as portas de seus armários e gavetas estejam bem trancadas à noite; seus eflúvios malignos impregnam o pântano!!! Cuidado!!! Proteja Karinogra e os pequenogros!
ResponderExcluirNo caso de querer relaxar com leituras mais transcendetes, visite meu site... digamos... bastante filosofôgro.
Beijogros mil!
http://querumalfajor.blogspot.com
Prezada Melissa,
ResponderExcluirVocê fez meu pavor voltar na velocidade cinco!
Vou chamar o Padre Quevedo pra me convencer que isso não existe!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPrezada Bia,
ResponderExcluirE ele continua nas ruas. Após o evento o vimos várias e várias vezes nas mesmas imediações, sempre com algo na cabeça.
Beijogro
oie esse blog é daora eu não tenho medo de nada por isso sou uma ogra igual a fiona do sherek
ResponderExcluirPrezada Anônima,
ResponderExcluirNão tema o demônio da lagoa. Ele é só uma pessoa alheia a sociedade.
Beijogro