O ar
deixou os pulmões de Margareth com um chiado. Um expiro de alívio. Em sua cama
Alice parecia dormir com a docilidade dos anjos. Margareth teve a certeza de que o
grito veio de algum canto escuro de sua imaginação, talvez influenciada pelas
falas da filha.
Margareth
caminhou até ela, ajeitou as cobertas que já a cobriam só até os joelhos e
deu-lhe um beijo leve no rosto. Alice se remexeu suavemente, se aninhando em seu
travesseiro. Acabou por acordar.
- Oi, mamãe. Que houve?
- Nada minha filha. Só achei ter ouvido algum barulho no seu
quarto. Vim ver se você está bem.
- Eu estou bem, mamãe.
Margareth
beijou de novo sua filha. Sentiu o sorriso dela e se levantou para apagar a luz
e voltar à sua cama. “Amanhã eu e Jansen daremos boas risadas dessa história.” Apagou
a luz e passando de volta pelo corredor escuro, ao entrar em seu quarto,
ouvindo o som do sono de Jansen, ainda com um sorriso, a
voz da filha vem da cama até ela:
voz da filha vem da cama até ela:
- Deve ter sido a Banshe. Ela quem gritou.
Por um momento Margareth achou que sua mente a enganara de
novo, mas não desta vez. Correu aos tropeços pelo corredor, entrou no quarto da
filha e ligou a luz. A visão do quarto a chocou. Talvez antes ela não tenha
reparado pelo pânico com o grito, ou talvez algo mudou desde que ela deixara o
quarto, mas ela teve a certeza que os brinquedos de Alice não estavam da forma
como foram arrumados antes dela dormir. A boneca com que ela dormia abraçada
não estava na cama. O cavalinho onde ela montava para brincar estava virado
para outro lado. Outros brinquedos estavam em lugares pouco familiares.
Margareth com a voz trêmula perguntou para a filha, que
ainda deitada estava, como se tivesse falado a coisa normal do mundo:
- O que você disse, minha filha?
- Que foi a Banshe que gritou. Ela queria brincar com meus
brinquedos e eu não deixei...ela ficou brava e até tirou minha boneca de mim. Eu
já estava dormindo, mas acho que ouvi ela gritar, mas não liga pra ela não,
mamãe. Ela é minha amiga e é boa pra mim.
Perturbada, Margareth sentiu que nada daquilo fazia sentido, e a naturalidade com que a filha falava essas coisas. Sentindo desamparada, sentou-se na cama ao lado da filha. E chorou...
Boa estória, irá continuar?
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Santo Figueiredo,
ResponderExcluirSim! A história ainda tem um ou dois capítulos.
Acompanha?
Abraçogro
Putz, era pra eu ler a parte 1 antes.
ResponderExcluirPrezado Zetrusk,
ResponderExcluirSeria uma boa, mas sua leitura não fica prejudicada de ler a parte II e depois a I.
abraçogro
O texto é bem interessante, mas me permite uma observação? O trema (ü) só existe na língua portuguesa em caso de estrangeirismo como palavras alemãs. Fique atento a isso.
ResponderExcluirPrezado Victor,
ResponderExcluirNão trema antes de dar bons conselhos.
Abraçogro
continua a historia q ta legal \o http://bloggdoanonino.blogspot.com.br
ResponderExcluirPrezado Davi,
ResponderExcluirFinal de semana mais um capítulo. Quem sabe o último?
Abraçogro